23 setembro 2024
A LeYa/ASA lança a 1 de outubro A Guardiã, o romance de estreia da escritora neerlandesa Yael van der Wouden. Finalista do mais prestigiado prémio literário britânico, este título compete pelo Prémio Booker 2024 integrando uma shortlist de seis obras da autoria de cinco escritoras e um escritor. São elas: Stone Yard Devotional, da australiana Charlotte Wood, Orbital, da britânica Samantha Harvey, Held, da canadiana Anne Michaels, Creation Lake, da norte-americana Rachel Kushner, e James, do também norte-americano Percival Everett.
Com este livro, escrito e publicado originalmente em inglês, a jovem autora tornou-se na primeira pessoa dos Países Baixos a integrar a lista de nomeações do Booker. Considerada uma das mais aclamadas estreias literárias da década, promete apaixonar-nos e prender-nos à narrativa até muito depois de terminarmos a leitura.
O anúncio do vencedor do prémio Booker acontecerá a 12 de novembro, numa cerimónia em Londres.
O LIVRO
Países Baixos, 1961.
A Segunda Guerra Mundial acabou há mais de 15 anos, o país reergueu-se penosamente das cinzas, já quase não restam vestígios do passado. Quase.
No campo, nos arredores de Utreque, Isabel leva uma vida solitária.
A mãe deixou-lhe uma casa enorme que ela mantém assepticamente ordenada, como um museu. Apenas permite a entrada da criada ou dos dois irmãos, quando raramente a visitam. É neste palco que surge uma intrusa, como um furacão. Um dos irmãos de Isabel vai lá passar uns dias. Chega na companhia da sua mais recente namorada, Eva. Parte pouco depois, deixando-a para trás.
Agora, naquele espaço fechado, num verão que queima, estão Eva e Isabel. Uma é livre, selvagem; a outra tenta a custo resguardar-se, defender o seu castelo, os pratos no louceiro que a mãe lhe deixou, o faqueiro precioso, as relíquias que começam a desaparecer. Uma após outra.
Podíamos falar aqui de Expiação, de Ian McEwan, porque há crimes por expiar e um desfecho que tudo contradiz; ou evocar Patricia Highsmith, na misantropia de Isabel, no suspense que asfixia; ou ainda lembrar O Leitor, de Bernard Schlink, porque a guerra (e a História) reescrevem o destino.
A Guardiã, de Yael van der Wouden é uma das mais aclamadas estreias literárias da década. Numa escrita seca, áspera, avassaladoramente sensual, a autora transporta-nos para aquela casa, prende-nos lá dentro, deita fora a chave. E quando conseguirmos de lá sair, muito depois de terminarmos o livro, ainda lá continuaremos, perplexos, enfeitiçados, apaixonados.
A AUTORA
Yael van der Wouden é escritora e professora. Dá aulas de escrita criativa e literatura comparada nos Países Baixos. O seu ensaio sobre a identidade holandesa e judiaísmo, On (Not) Reading Anne Frank, teve uma menção honrosa na seleção The Best American Essays 2018. A Guardiã é o seu romance de estreia e vai ser publicado numa dúzia de países.
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